Durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, a equipe do Núcleo Regulatório do Hospital Tacchini mantém uma linha de comunicação aberta com a Secretaria Municipal de Saúde de Bento Gonçalves. O principal objetivo é dar o máximo de celeridade ao processo de transferência de pacientes que procuraram inicialmente a Unidade de Pronto-Atendimento 24h e que precisam de recursos oferecidos pelo hospital bento-gonçalvense. Neste contexto, os números registrados no último ano mostram que o trabalho vem tendo sucesso.
Em 2023, o município realizou 5.670 pedidos de transferência de pacientes para o Tacchini. Destes, menos de 4% (184) dos pedidos foram recusados por não atenderem os critérios de hospitalização previstos no contrato firmado entre as instituições para a prestação de serviços ou em função do Tacchini não ser referência SUS na especialidade necessária para realizar o atendimento. Além deles, 81,8% (4.642) dos pacientes foram efetivamente transferidos para o Tacchini para atendimento em 2023 e 15,4% (834) dos pedidos foram cancelados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Entre os pedidos de transferência da UPA, 84% foram confirmados e aceitos para atendimento no Tacchini em até 6 horas. Outros 4,5% ocorreram entre 6 e 12 horas e 3,5% foram realizados entre 12 e 24 horas após o pedido da Secretaria de Saúde. Apenas 8% das transferências demoraram mais de 1 dia para serem efetivadas.
“Para alcançarmos esse nível de excelência é necessário um trabalho conjunto, realizado por profissionais de diversas áreas do hospital. Além de agilizar a parte administrativa das transferências, trabalhamos para acelerar a recuperação dos pacientes e a liberação dos leitos recém desocupados. São várias peças de uma engrenagem”, descreve a coordenadora corporativa de logística e acessos do Tacchini Sistema de Saúde, Caroline Jaskowiak.
Sistema em tempo real
A tecnologia também tem papel importante para alcançar esses resultados. Desde o final de setembro, o Tacchini concluiu a implementação da fase 2 do Sistema de Gerenciamento de Internações em leitos hospitalares do SUS no Rio Grande do Sul, conhecido como Gerint. Na prática, isso significa que o governo passou a ter acesso, em tempo real, a todos os dados relacionados aos pacientes da rede pública de saúde, estejam eles internados ou esperando por um leito.
Ou seja: com a nova fase, os dados de internação e o prontuário eletrônico passaram a ser todos alimentados em tempo real na ferramenta até que o paciente receba alta médica. O programa também permite verificar a lista de espera por vagas dentro do hospital.
Isso garante que a Central Estadual de Regulação mantenha um mapa de ocupação atualizado. Dessa forma, o Tacchini passou a fazer parte dos 7% de hospitais de fora da capital estadual a oferecer as ferramentas necessárias para garantir uma maior eficácia e rapidez em caso de necessidade de transferências ou busca por vagas em outras instituições, por exemplo.