Postado dia 15/10/2025 às 11:10

Pré-hipertensão: cardiologista do Tacchini explica o que muda com nova diretriz

No último mês, algumas mudanças nas diretrizes de classificação de pressão arterial foram anunciadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão. Desde setembro, a pressão de 12 por 8, que durante décadas foi considerada o “padrão ideal”, passou a ser vista como um sinal de alerta. A nova diretriz define esse valor como pré-hipertensão, o que significa que quem se encontra nesse nível deve ter mais atenção e cuidado com a saúde.

Até pouco tempo, o 12 por 8 era chamado de “pressão normal”, mas estudos recentes mostraram que, mesmo nessa faixa, o corpo já pode sofrer os primeiros impactos da pressão elevada. Por isso, as sociedades médicas decidiram adotar um olhar mais rigoroso. A ideia é agir antes que a pressão suba ainda mais, prevenindo complicações que, muitas vezes, aparecem de forma silenciosa.

De acordo com o cardiologista do Hospital Tacchini, Dr. Giovanni Zattera Sganzerla, a mudança na forma de classificar a pressão deve servir como um alerta para que as pessoas cuidem mais cedo dos seus hábitos. 

“A mudança é importante porque coloca o foco na prevenção. Se conseguirmos que as pessoas melhorem a alimentação, tenham uma boa qualidade de sono, mantenham um peso adequado, pratiquem atividade física regular e evitem o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, aumentam muito as chances de evitar que essa pressão no limite traga consequências clínicas”, explica o médico.

Os perigos da hipertensão

A hipertensão é uma doença que, geralmente, não apresenta sinais visíveis nos primeiros meses ou mesmo anos. Quando os primeiros sintomas aparecem, rapidamente são desencadeados problemas sérios de saúde. 

Quando a pressão fica alta por muito tempo, pode afetar vários órgãos. O coração é um dos primeiros a sofrer, ficando mais sobrecarregado e sujeito a infartos e insuficiência cardíaca. O cérebro também corre riscos, já que o aumento da pressão favorece o acidente vascular cerebral (AVC). Os rins podem perder sua capacidade de filtrar o sangue corretamente, e até a visão pode ser prejudicada, com alterações nos vasos da retina.

Remédio, ainda não

Dr. Giovanni ainda descreve que as pessoas que possuem hoje pressão de 12 por 8, não precisarão usar remédios imediatamente. O principal passo, segundo a diretriz, é investir em mudanças no estilo de vida. 

O cardiologista do Hospital Tacchini Bento Gonçalves reforça ainda que permanecer por muitos anos com a pressão no limite pode trazer consequências. De acordo com ele, a avaliação global do paciente é fundamental para garantir que todos os fatores de risco do paciente, incluindo a pressão arterial, estejam controlados.

“O problema é que os danos não aparecem de imediato, mas se acumulam e, lá na frente, podem se manifestar como insuficiência cardíaca, doença renal ou até um AVC”, alerta.

Com a nova diretriz, o valor considerado de “pressão normal” é abaixo de 12 por 8 (120/80mmHg). Valores entre 120-139/80-89mmHg são classificados como pré-hipertensão. Isso significa que quem está no limite precisa redobrar os cuidados para que a saúde se mantenha estável. “Quanto mais cedo começarmos a cuidar, maiores são as chances de evitar complicações no futuro”, completa Dr. Giovanni.

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